.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Jehanne lança Fuego - Confira entrevista


Entrevista exclusiva


Descontração, força, sensualidade, espiritualidade e muito talento marcam a carreira da cantora e compositora Jehanne Saade. Desde a infância ligada a Arte, em circos e teatros, sempre envolvida com a dança.

 Nascida no Rio de Janeiro e descendente de libaneses,  aos 6 anos, tinha aulas de acrobacia, dança e teatro com a Intrépida Trupe, o revolucionário grupo circense e multitalentos carioca, com quem viveu as primeiras aventuras no palco.

A vida nômade da família fez com que ela também tomasse contato precoce com diferentes falas, culturas, tradições e expressões. Viveu na França, no Líbano, na Venezuela e, em terras fluminenses, dividiu infância e adolescência entre Leblon, Santa Tereza e a cidade serrana de Nova Friburgo, onde sua mãe teve papel importante como agitadora cultural.

"Naquela época, as pessoas não tinham esse costume de estar mudando de casa, de cidade. e a minha família sempre mudava de  casa, de cidade, Venezuela, Líbia, França. Minha mãe refugiada, divorciada, guerreira, me teve no Brasil", conta a cantora.

“Minha primeira memória musical é de uma coleção de cantigas clássicas infantis francesas, que ganhei quando vivemos em Paris”, conta Jehanne, que mais tarde também se encantaria pela obra dos mestres Charles Aznavour e Georges Moustaki. No Brasil, absorveu estilos de toda a MPB, da bossa nova ao rock: “Eu tirava um mês para ouvir tudo de um grande artista e, dessa forma, estudei Chico, Caetano, Novos Baianos, Secos & Molhados, Rita Lee. E sempre ouvi muito Tim Maia, que para mim é uma figura solar. Amo a essência e o calor que ele coloca na música”.

A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, texto

"Meu pai,  o cantor Ivo Ciconha, foi minha inspiração, ganhei meu primeiro violão dele. E tenho um carinho muito especial por Tim Maia. Gosto muito dele, intenso, coração, passional...Sempre estudei os artistas", conta ela.

Na sua formação –Madonna, Michael Jackson, Sting, Pink Floyd, Beatles, The Doors, Stevie Wonder... E a poesia entremeou a vida da garota, que decorava e declamava Vinicius de Moraes e Cecília Meirelles, seus ídolos nas letras. Mas até que tudo isso rendesse frutos criativos levou algum tempo. Jehanne formou-se jornalista, trabalhou com publicidade, sem nunca abandonar a companhia do violão e da dança do ventre, paixão quem vem de suas raízes libanesas.

Em meio a uma crise pessoal, veio a fagulha. “Eu estava só, nua no meu quarto, com meu violão, e nasceu a primeira composição, Je Ne Veux Plus”, em francês, claramente sob inspiração do idioma das canções que eu ouvia na infância. Outras músicas brotaram, comecei a escrever, escrever... Foi minha maneira de sobreviver”, diz.



A música surgiu como uma oportunidade real de expressão para Jehanne. Ao se dar conta de que tinha um repertório bem definido e conceitual de canções autorais, começou a registrá-las. “A obra do artista só tem sentido se é compartilhada com o público”, acredita.

Exótica, o primeiro álbum, lançado em 2016, foi pensado como um musical teatral, que Jehanne ainda pretende ver montado. “É um espetáculo onírico, todo feito em video mapping, uma tecnologia ainda pouco usada no teatro brasileiro. Também envolve muita dança e traz todas as influências que ajudaram a construir meu estilo”.

 " Meu trabalho tem uma linguagem ilusionista, o Exótica é visual, fantasia. um personagem, eu sozinha fazendo um musical, olhar estético do cinema, do teatro, luz...Pra mim, Exótica é embrionário, meu primeiro álbum em 2016 com estilo teatral. Desde o começo eu já tinha a ideia da história dele. Inspirada em Saint Germain, ficava sempre em casa usando Física Quântica", diz.

A imagem pode conter: 1 pessoa, céu e natureza

Atualmente Jehanne vai seguir com seu trabalho ao lado do amigo Jb veux, um produtor DJ, bem dentro de uma linguagem latina, pop e eletrônica. Com um estilo musical diferente e profundo, a cantora visita muito o bairro de Santa Tereza , no Rio de Janeiro, adora ouvir piano ao vivo. A gravadora Universal Music está divulgando a canção "Fuego", bem latina.", diz.

Gosta de ler, de dança do ventre, explora vídeos de Física Quântica e está em busca de grupos dessa evolução familiar. Quanto ao Brasil, Jehanne acredita que nada é em vão, mas que as pessoas tem uma baixa alto estima. Aqui tem pessoas incríveis que se sentem sufocadas com a situação do País. "Um País rico, que precisa de lideres com alma. Tem muito mascarado, olha a Queda da Bastilha, acredito na mudança. O povo tem que ter voz ativa, espero que a minha música traga tudo de bom porque somos um povo espiritual", conclui a cantora.

Para Jehanne

Um amor é O amor
O medo faz parte da vida
Felicidade é respirar no momento presente com olhos e coração vibrando
Sonho é Hoje

Confira o vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=adtcq3gSKjM
Fuego