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sábado, 8 de maio de 2021

Como é o dia a dia das mães guerreiras nesse período de pandemia

 Agda Bariani- especialista em Imigração

 

Nesse dia tão carinhoso que é o Dia das Mães sabemos que ele tem sido há dois anos turbulento para muitas pessoas, desde a distância que teve que ser mantida até as lágrimas daqueles que tiveram que se despedir. Difícil entrar nesse mérito, mas é a realidade que o mundo vive, então vamos sacudir a poeira e vamos homenagear a todas essas “Guerreiras”,  que se dividem em mil maneiras de fazer tudo e por todos “Ser Mãe” se antes de tudo parar já era uma tarefa complicada imagina agora em época de pandemia, escolas fechadas, trabalho em home-office, aquelas guerreiras que estavam na linha de frente contra a pandemia deixando seus filhos em casa com parentes ou o esposo, ou às vezes a dura realidade com o filho mais velho, esse é o cenário atual no Brasil e no mundo inteiro.


Todas sem justificar tiveram suas funções de “mãe” levada a prova: trabalhar, cuidar de casa, dos filhos, da família, e como elas se adaptaram a essa rotina “diferenciada” de vida familiar e trabalho?




Agda Bariani - mãe, esposa e responsável por centenas de processos imigratórios comenta: “Por diversas vezes tive  que deixar meu filho,  ainda com dez dias de vida para poder cumprir com todas as minhas tarefas de voos entre Brasil, Canadá e Estados Unidos e cumprir minha agenda de compromissos com clientes.


Hoje meu filho Eithor,  com dois anos de idade ainda pede por atenção, mas como tenho a facilidade de poder trabalhar também em casa e conto com a ajuda de profissionais que me auxiliam,  tento administrar aulas de português para estrangeiros, minhas reuniões com clientes e com minha equipe, mas mesmo assim por ele ter minha presença todo dia ele pede colo, pede atenção quer brincar e nesse meio tempo eu tento administrar trabalho com maternidade”.



O dia de muitas mães em home-office ou mesmo as que não trabalham fora precisava ter muito mais que 24h , algumas tentam começar sua rotina de madrugada para que quando os filhos acordem metade do trabalho tenho sido concluído, as reuniões online que acabam tendo a participação especial dos pequenos com choros e gargalhadas, enfim as tarefas nunca se encerram. Mas também vale lembrar das mães  que estão em casa não pelo home-office, mas porque infelizmente as empresas fecharam e o trabalho se perdeu,  essa tarefa,  com certeza é  a mais difícil de suportar , o desemprego, a busca por um novo trabalho  a necessidade de manter a casa e ainda cuidar da família.  


 



Outro detalhe que devemos ficar atentos é que o atual cenário,  com o isolamento domiciliar e esse período de pandemia levou a taxa de “mulheres” no mercado de trabalho ser a menor  nos últimos trinta anos segundo a pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua, isso fez com que que sete milhões de mulheres foram obrigadas a sair do mercado de trabalho isso ainda em março de 2020, imagina na data de hoje. Essa mesma pesquisa mostrou que  a crise sanitária causada pelo coronavírus fez com que as mulheres retrocedessem  décadas no avanço da participação feminina no mercado de trabalho a nível América Latina e Caribe.


Sem trabalho formal o descanso nunca aconteceu, muitas tiveram a renda comprometida durante esse período, antes mesmo da pandemia as mulheres dedicavam certa de 70% a mais de tempo nas tarefas que os homens, durante a pandemia a dinâmica mudou drasticamente, durante a pesquisa “Sem Parar – o trabalho e a vida das mulheres na pandemia”, realizada pela Gênero e Número e a Semprevida Organização Feminista (SOF), prenunciou a sobrecarga de responsabilidade delas e foi verificado que metade das mulheres brasileiras passaram a cuidar de alguém na pandemia. O estudo, que foi realizado pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) mostrou que quase 84% das mães sentiram maior sobrecarga em cuidar dos filhos durante a pandemia, mostrou ainda mais a nuance que a pandemia potencializou, sobretudo, a vulnerabilidade das mulheres mães.


Se pararmos para apontar cada detalhe, cada vulnerabilidade, cada menção o texto ficaria enorme a matéria se tornaria “cansativa” assim como é a vida dessas guerreiras. Não estamos aqui para fragilizar ou pedir “clemência” apenas mostrar quem realmente necessita atenção os assuntos são os mais variados os mais críticos, mas ser mãe vai muito além.O ato de carinho, o olhar de compaixão o cuidado com o próximo o saber dos detalhes “ser mãe” vai além de qualquer palavra, de qualquer detalhe.


“Ser mãe é saber contornar todas as dificuldades, todas as pandemias, todas as vulnerabilidades e ainda sair olhando firme no horizonte da vitória” .


Edição e Conteúdo: Fabiano Coghi


 Fotos Crédito  : Priscila Caetano 


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